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26 de agosto de 2009

Notícias - Cai o número de registros de agressões contra mulheres



Mas o Ministério Público de São Paulo está preocupado, porque essa queda é resultado do medo de denunciar o agressor.
O Ministério Público de São Paulo está preocupado com números que deveriam, em tese, demonstrar uma vitória. Nos primeiros seis meses deste ano, caiu o número de registros de agressões contra mulheres, mas os procuradores dizem que essa queda é resultado do medo de denunciar o agressor.
Foram 12 anos de casamento, quatro filhos, tortura e agressões. “Ele já me esperava lá na rua e da rua já vinha arrancando cabelo, dando chute. ‘Por que você passou da hora?’, perguntava”.
Depois de quatro boletins de ocorrência, ela conseguiu na Justiça um abrigo para se esconder com os filhos. “Tenho medo de ficar sozinha e ele chegar de repente e eu estar sozinha com meus filhos em casa”.
Foi para prevenir as agressões, proteger e garantir direitos às mulheres vítimas de violência doméstica que há um ano entrou em vígor a lei Maria da Penha. De lá para cá, as queixas nas delegacias da mulher caíram pela metade.
Só na cidade de São Paulo, as denúncias de lesão corporal passaram de quase 7,5 mil no primeiro semestre de 2006 para pouco mais de três mil este ano.
Para a procuradora Vânia Maria Balera, benefícios como a garantia de que a vítima permaneça com os filhos e de que o agressor seja retirado de casa ficaram em segundo plano e a possibilidade de prisão em flagrante prevista na nova lei acabou assustando não os agressores, mas sim as vítimas.
“Ela vai reclamar numa estrutura que vai fazer ela voltar para o mesmo ambiente que ela estava? Como ela vai tirar os filhos da escola? Pra onde ela vai levar as crianças? E ela tem dinheiro depois para se manter?”.
É a insegurança de outra vítima de um ex-marido violento. “Sei que tudo que ele fez, tortura psicológica, agressão é crime. Sei de tudo isso, só que a gente não vê acontecer nada, entendeu?”
Para a delegada Márcia Salgado, estrutura de apoio e programas de reeducação são importantes e a decisão das vítimas de denunciar também. “Se ela se omite de denunciar e não procura nenhum meio de se ajudar, ela não vai sair dessa situação nunca”.

Publicado por Jornal Nacional : www.globo.com/jn

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